As centrais sindicais brasileiras: Força Sindical, CUT, UGT, NCST, CTB e CGTB., através da presente, manifestam em nome dos trabalhadores e trabalhadoras que representamos a nossa profunda preocupação pelas circunstâncias que levaram os sindicatos portugueses, gregos e os espanhóis a convocarem uma greve geral no dia 14 de novembro.
As conseqüências das políticas de austeridade têm sido devastadoras para a classe trabalhadora de alguns países da Europa, entre eles a Espanha. Durante a recente cúpula do FMI realizada em Tóquio, representantes desse organismo questionaram a eficácia das rígidas políticas de austeridade implementadas em vários países, entre eles, a Espanha. A injustiça e a ineficácia dessas medidas têm sido denunciadas constantemente pelos sindicatos.
As medidas adotadas pelo governo que Vossa Excelência dirige são claramente anti-econômicas, como demonstram os próprios dados macroeconômicos. A constante recessão instalada na Espanha tem aumentado o desemprego, gerado falta de confiança, entre outras conseqüências negativas para o país.
Além disso, as políticas de ajuste de caráter nitidamente anti-social incluem medidas como o co-pagamento pela saúde, cortes na saúde, em serviços sociais, problemas com a educação, redução de salários de funcionários, cortes nos subsídios de desemprego, privatização do transporte ferroviário, etc. Todas essas medidas trouxeram conseqüências alarmantes para os cidadãos e trabalhadores/as espanhóis.
A exclusão é uma realidade na Espanha. Hoje 13 milhões de pessoas, cerca de 27% da população, vive abaixo da linha de pobreza, com 2,2 milhões de crianças que sofrem com moradias precárias. A classe trabalhadora já sofre os efeitos da última reforma trabalhista feita pelo vosso governo, que aumentou as demissões e os conflitos trabalhistas.
Neste contexto, os trabalhadores brasileiros apóiam as greves gerais convocadas na Espanha, Portugal e Grécia bem como as mobilizações nos demais países europeus e as reivindicações dos trabalhadores/as contra os cortes, retirada de direitos e em defesa do emprego e suas conquistas.
CGTB, CTB, CUT, Força Sindical, NCST, UGT, CSP Conlutas